Não suporto estar aqui, longe de ti e não sentir o teu abraço em cada fresta de luz que atravessa os estores da nossa janela rabiscada. Custa-me tentar sentir o nosso cheiro por entre os lençóis, só obter frieza e o calor a sumir-se por entre os dedos. Gostava que o tempo se repetisse em multiplicidades constantes, num dejà vu frequente onde sempre terás presença, onde partilharemos tudo o que se fará por debaixo do sol.
Olha-me nos olhos mesmo assim, porque te não vejo e não sei querer sentir o que é não amar e não partilharmos o mesmo local. O nó na garganta avoluma-se, adensa-se e só te queria ter aqui comigo ou ter-me aí contigo. Não queria ficar triste por todas as coisas estranhas que aconteceram, nem me preocupar tanto contigo ou como te sentes sem mim, mas apetece-me correr para os teus braços. Correr e sentir que somos só nós e que o mundo é pequeno demais para nos conter a nós e ao nosso sentimento. Queria sobretudo que pudéssemos suportar sequer um instante de ausência, porque o meu mundo sem você nunca sera o mesmo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário