Onde vc esta?
Onde estás? Por onde ficaste que não te vejo, por que ruas sem nome te perdeste? Deixa-me pistas a recordar as tuas paragens e andanças, notas com os locais por onde passaste sem lá ficares, rotas que traçaste e não chegaste a cruzar.
Não sei se sabes, mas pouco mudou por aqui, o soalho da casa mantém os mesmos buracos e ranger, sem sequer que tu passes por ele. Abri um livro de cozinha a semana passada, acreditas que mantém o teu cheiro? Cada página, o mesmo aroma a ti, a mesma lembrança das noites passadas em invenções culinárias, a misturar ingredientes, a obter combinações diferentes de sabor.
O mesmo disco insiste em tocar no mesmo sentido, libertando a mesma lembrança de sempre, o teu corpo, os teus contornos de suavidade extrema que insistem em invadir a minha mente.
Diz-me por favor, por que locais vagueias sem deixar rasto, por que espaços te moves sem me avisares, por que partiste sem avisar? Deixa-me ao menos, um recado escrito a lápis, cujo passado pode apagar…
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